Todo dia me pergunto se posso
Se posso tentar te encontar
Entre os abismos obscuros da morte
Entre os jardins secretos da sorte
Ou entre as nuvens que cobrem o luar
Mas quando olho profundamente
Consigo ver que tudo era irreal
Tudo uma ilusão da mente
Uma plantação de bananas, banal
Vendida a preço barato, ilegal
Tento te resgatar em todo pensamento
Todo dia, toda hora, todo momento
Mas você foge entre aqueles ventos
E me deixa esperando na esquina do tempo
Mas basta as memórias buscar
Que você volta com aquele olhar
Uma visão plena sob o luar
O luar que me afeta, que volta a me atacar
E aquela pergunta volta
Será que te verei novamente?
Mas não adianta lutar contra Cronos
O senhor das estacas
Senhor do tempo indecente
Acho que acabo de perceber
Que nos abismos da morte irei te ver
Nos jardins secretos te conhecer
E entre as nuvens que cobrem o luar?
Ah, lá iremos nos deitar
Ao sabor do inodoro vento
Iremos contra o erosivo tempo
Andar sobre a luz prateada do luar
Fique quietinho, porque meu sonho
Acaba de acabar
Acordei, mas você continua lá
No seu reservado lugar
Agradecimentos: Luana Linhalis
Nenhum comentário:
Postar um comentário